Seguidores

sábado, 24 de abril de 2010

EURO POLITIQUE.24 - "O Castelo de Cartas" - Europa

Esteticamente, o famoso filósofo alemão Inmanuel Kant, nas suas dissertações sobre o “juízo de gosto” confunde o vinho da Madeira com o “rum” das Canárias. Filósofo de uma pontualidade que ultrapassava a precisão dos relógios suíços, ainda exerce uma fundamentação na cultura alemã, que admiravelmente se inscreveu , e, instaurou no “espírito alemão”.

Apesar de representarmos 1% da economia europeia, não quer dizer que sejamos obrigados a vender a ilha da Madeira!...

Se como diz Trichet: “financiamos o nosso investimento com as nossas poupanças”, qual a razão de abandonar o projecto Quimonda”?

Será que “cada economia tem as suas próprias características e as suas próprias estruturas”, como diz Trichet, e, que os interesses instalados não correspondem às ambições do projecto "Quimonda"?

No jogo de interesses políticos, económicos, financeiros, e estatais, será que perdura uma diferenciação semelhante à “diferença entre a Europa e os EUA”, ou seja a "flexibilidade da economia” europeia que quer copiar o modelo de “iniciativa privada” americana?

A Quimonda, projecto de engenharia computacional afasta-se totalmente do “algoritmo de Kadafi”.

Relembrando Kant, e a sua tarefa hercúlea, de transformar o “juízo estético” de particular em universal, qual é o problema do 1% da economia europeia, no contexto geral da sua expressão económica?

Como não estamos dispostos a vender “a ilha da Madeira”, nem o “mar português” esperamos que a senhora Alemanha nos veja com outros olhos, e, outros pontos de vista, nesta Europa do “Castelo de Cartas”.

Será que, a pequena gota que somos na Europa, ainda vai dar cartas no “Castelo de Cartas”, ou seja, na Europa?

P.S. "Como disse que Maastricht vai ser a consolidação do império alemão, o IV Reich. Sem os espelhos de Versalhes e sem o conde Von Bismarck. União monetária? Uma fraude. Expulsa as pequenas economias. Corremos esse risco, e será a desgraça. Não temos tecido produtivo. Vamos empobrecer. Por saltos" Excerto da entrevista de Ângelo Correia, na Revista do Expresso, pg. 19.
N.B. Leitura, após este artigo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...