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sábado, 24 de abril de 2010

EURO POLITIQUE.23 - "O Castelo de Cartas" - Europa

" O Castelo de Cartas"

Os portugueses encantaram-se com a “Auto-Europa” e a "Quimonda”.


A Quimonda de base tecnológica e científica foi o que se viu!....

A “Auto-Europa” revela-se um pequeno castelo, mais frágil, que as muralhas de Palmela.

Símbolo de exportação e de mão-de-obra corresponde aos efémeros interesses portugueses, e às directivas alemães. Quer dizer, fabrica-se um produto que não se inscreve, nem se instaura nas necessidades efectivas lusas.

O famoso filósofo Heidegger afirmava que a língua latina era incapaz de se inscrever na linguagem filosófica. Da mesma forma, o “espírito político, financeiro e económico” germânico olha e perspectiva os latinos.

Os mais famosos ideólogos alemães na campo da filosofia política sempre demonstraram uma supremacia, que no campo da “realidade prática da vida” causou os maiores dissabores da humanidade.

Quase todos os europeus admiram a Alemanha pelo seu “espírito de trabalho”, pela sua tenacidade em enfrentar as dificuldades, pelo sua orgulhosa supremacia intelectual.

Todavia, no campo político, a elegância revolucionária francesa e o seu idealismo, conjuntamente com o pragmatismo inglês, demonstraram uma perspicácia existencial, digna dos mais belos gestos humanitários.

A garantia económica da Alemanha pode funcionar como meio de repensar a Europa.

Por vezes, dar dinheiro às pessoas, somente as embrutece no seu estado abismal.

Os momentos de crise são salutares para que se instaura e se inscreva um autêntica dinâmica do percurso europeu.

A “Europa dos políticos” tem de olhar e enfrentar a “Europa dos cidadãos”, ou seja, “a sociedade política” deve contar com a “sociedade civil”, porque além de ela ser o motor desta dinâmica, é o suporte da “Europa dos políticos”.

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