FUGA DE CAPITAIS
O fortalecimento de uma classe média torna-se no motor de desenvolvimento de um país, nos esquemas habituais da teoria capitalista. O chamado “capitalismo popular” em Portugal não consegue enraizar-se na classe média. Poucos produtos financeiros ajudam a melhorar a situação de vida de uma classe emergente, e, quando eles timidamente começam a funcionar, por milagre, o Estado apressa-se a controlar os seus rendimentos. Por isso a “fuga de capitais” de outros possíveis aforradores “tem a ver com um inúmero de situações - como aquisições e vendas sem qualquer facturação - fuga ao fisco- enriquecimento não declarado - e finalmente pela politica fiscal que controla estas situações como graves, daí o ataque especulativo”.
Segundo relata o “Parisien Libéré”, ou seja, o C.M. português:
“O investimento dos portugueses em produtos financeiros sediados em offshores disparou em 2009: em ano marcado pela maior crise económica e financeira desde a II Guerra Mundial, com o desemprego a atingir níveis nunca registados em Portugal, a fuga de poupanças para os paraísos fiscais ascendeu a 12,6 mil milhões de euros, um aumento de 44 por cento face aos 8,7 mil milhões de euros registados em 2008”.
Por mero recurso de memória recordemos que: noutros tempos, “fuga de capitais” em França, em notas empilhadas de cem francos atingia e superava o pico Everest.
Segundo este matutino:
“Saldanha Sanches, especialista em assuntos fiscais, não consegue explicar a origem de tamanho movimento de capitais para paraísos fiscais. Mas, salvaguarda este fiscalista, "há uma razão inevitável: não haver pagamento de impostos". Por isso, frisa, "é preciso saber se o rendimento desses capitais foi declarado às Finanças".
Todavia o Estado Português sente-se obrigado a pedir dinheiro às agências de rating a uma percentagem fora do comum. Se não existem incentivos fiscais, produtos financeiros, sistema de aforro, como é possível estancar esta “fuga de capitais”?
O citado matutino acrescenta:
“O próprio Governo, no Orçamento para 2010, reconhece que "a conjuntura económica alimentou a colocação de fundos no estrangeiro que poderiam, de outro modo, ajudar ao relançamento da economia nacional". Para incentivar o regresso desses capitais a Portugal, o Executivo quer aplicar uma taxa especial de cinco por cento, reservada apenas às pessoas singulares, sobre o dinheiro que regresse a Portugal”.
Como leigo em economia não visiono soluções para tal problema. Mas certamente existem várias teorias económicas susceptíveis de encontrar soluções para estes factos!...
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terça-feira, 16 de março de 2010
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