Retorno a Africa
Portugal não é um país de ricos, nem tão pouco tem uma classe média baixa, média ou alta bem definida.
Existem 4.000 pessoas que ganham mais de 250.000 euros, e 30.000 que devem chegar aos 150.000 euros. (Além de uma reduzidíssima elite dos chamados ricos).
Com uma população de 18% de pessoas no limiar da pobreza, restam os lutadores da sobrevivência social, económica e política.
Recordo-me do filósofo José Gil quando deambula pela subjectividade humana portuguesa, e pela negação da redução do homem económico, na sua essência. Outros horizontes se inscrevem nesta tímida portugalidade.
O mar continua a ser a nossa fronteira. A aventura marítima desenha-se como nosso sonho. E, o encontro com outros povos sempre nos trouxe a alegria de nos reencontrar-nos.
Quando a Europa definha, estiolada no seu bem-estar, que parece desaparecer dos seus pés, eis que outros calcanhares necessitam no nosso estímulo e ajuda. Por que deixar que o tédio e o ócio invadam os horizontes portugueses?
Recordo-me da canção: “vou levar-te comigo irmão”
Água é sinónimo de energia.
Dois grandes países irmãos abrem-se, estendendo as mãos.
Moçambique prepara-se para construir um caminho de ferro de 2 000 Km , ligando o Norte ao Sul do país. Produtor de electricidade carece de uma linha que ultrapasse os velhinhos trilhos de 25 Km à hora, para um desenvolvimento sustentável das suas potencialidades carboníferas e outras. Cahora Bassa necessita de religar-se com cabos de alta tensão através da sua espinhal dorsal territorial, como forma de desenvolvimento agro-pecuária.
Nos arredores de Maputo observava-se uma pequena escola primária. Do chão emergiam cabeças totalmente atentadas, num silêncio entusiasmado, à explicação do professor. A sua atenção contrasta com o enfado e tédio de muitos alunos europeus. Estão cansados e fartos de um modelo que pouco os entusiasma!...
Ousem aventurar-se, e esventrar-se na sua subjectividade fraternal!...
Seguidores
terça-feira, 16 de março de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez
Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...
-
Introdução A quinta ou solar da Loureira revela várias fases de construção e várias gerações de ocupação, através dos seus tempos e...
-
Hollywood West and António José Rocha - Período colonial espanhol No ano de 1815, com 25 anos de idade, António José Rocha ...
-
Caminho de Santiago na Casa de Gouvim em Gondarém “Seduziu e engravidou, o Abade..." não era qualquer título ou capítulo das "nov...
Sem comentários:
Enviar um comentário