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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Angola.2

 "Palancas negras"


Enfatuados à parisiense, os "palancas negras" exibem o sorriso de modelos africanos.
O brilho do Ocidente contrasta com o azeviche encaracolado.
O "leader" anuncia que o esforço ferroviário, é aquele que mantém o combóio nos trilhos. E a máquina carece do óleo que desenferruga os músculos. Nem o joelho de Mantorras deve ser um óbice ao desempenho desportivo. O treino é o hábito do trabalho e da "performance". Mantorras, ou seja, mãos torradas na queima do trabalho tornam-se o lema do "manager".
Ao brilho do azeviche acresce-se o fulgor do "11 de Novembro", recém recinto do espectáculo. O sorriso contido do jogador "Edu" acalentava a esperança de um dia ver luzir a "palanca".
"Avança, avança" - veloz como uma lança, como uma seta na ponta esquerda, aquele que escondia de Angola um enigma da sua pujança!...
Aliando o dueto do brilho, na tese e na antítese, aguarda-se com fulgor a síntese, do "avança, avança", com a tua força e a tua pujança!...
Avante, "palancas negras", com recordação
de um futuro cheio de esperança!....

P.S. Os pinheiros bordegavam o campo pelado do trio angolano na "riva-gauche" do Douro, antes do tapete do verdejante campo universitario lisbonense.
O enigma angolano manifestava-se pesaroso!...
O orgulho angolano escondia a máscara do colonialismo!...
E o silêncio acalentava suavemente a voz do tempo!...
"L'important c'est la rose!... L'important...!..

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