Numa banda a Espanha morta
Noutra Portugal sombrio
Entre ambos galopa um rio
Que não pára à minha porta.
E grito, grito: Acudi-me.
Ganhei dor. Busquei prazer.
E sinto que vou morrer
Na própria pátria do crime.
Vou morrer a Gondarém
Pátria de contrabandistas
A farda dos bandoleiros
Não consinto que ma vistas.
(Pedro Homem de Mello)
Do púlpito, sete núpcias ecoaram ao povo que não era ateu.
Porém, o insulto e desdém venceu :”patego, olha o balão!...”
“Danças bem ...
e apareces na televisão!...”
Poeta - recordo-te nas frias águas marinhas que se sobressaltavam com o teu passo firme, nas finas areias de Afife. A brancura das suas ondas escondiam a trama dos teus versos, em lentos gemidos. Porventura, as musas “gálias” teciam novelos de doce e suave inspiração.
“Povo que levas no rio, que talhas com teu machado,
as tábuas do meu caixão”.
As águas em aspersão entoavam, junto a teus pés, a nostalgia dos teus pensamentos que o vento escondia em secretos devaneios.
Em horas de aflição,
corrias do “Monte da Virgem”,
- que era televisão -
para encobrir saltos de programação.
E o dançarino, “fandangueiro”
que encantava do cume de Mangoeiro
e percorria toda a tropa
até ao fim do povoado – lugar da Mota,
debandava da sua toca
e dançava a “gotha”!...
a "gota" de Gondarém
que tu - poeta - dizias, melhor que ninguém!..
Não fosse meu calvário - Gondarém!...
Pedro!... era o teu nome - Homem de Melo.
Eis, aqui, um pouco do meu prelo!...
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domingo, 18 de janeiro de 2009
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