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domingo, 1 de novembro de 2020

EUROPOLITIQUE: "...uma pátria que não nos larga." - José Tolentino Mendonça. (Ref. 02.11.2020)


«…esse vazio, que depois se descobre não ser só vazio, mas também excedência, também companhia, pois a memória dos nossos mortos é uma pátria sagrada que não nos larga. A ela vamos buscar a força, o entendimento de nós mesmos, a palavra que nos disseram, o gesto com que nos surpreenderam, o rastro do coração que neles bateu tão forte e do qual nos sentimos para sempre herdeiros». (1)

No seu introito, José Tolentino Mendonça faz referência a São Francisco, orando na pequena capela, ou, pequena igreja, chamada de Porciúncula. 

Um “pedaço de terra” reclamado para o seu oratório, em  “Santa Maria degli Angeli”, em Assis,  que  deu origem, em terras da Califórnia,  ao nome de "El Pueblo de Nuestra Señora la Reina los Ângeles del Rio Porciúncula”. Agora, mundialmente conhecida, como L.A. - Los Angeles. 

(Em 1781, viviam nesta localidade 44 pessoas, distribuídas por 14 famílias, quando adquire este nome pomposo, de origem e referência franciscana, atribuído por Felipe Neve: «El Pueblo de Nuestra Señora la Reina los Ângeles del Rio Porciúncula» -  Ref. in"GunderedoAngop" / António José Rocha).

Por lá passamos, e não sei se fiz uma pequena oração nesta “Porciúncula”, pequena capela dentro da Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis. Todavia, não posso ficar indiferente ao estro de Tolentino, (certamente, como antecipando o dia dos fiéis defuntos), quando reclama “a pátria sagrada que não nos larga”.

Obs: “A morte é uma flor”, José Tolentino Mendonça, Expresso Revista, (E-90), Jornal Expresso  de 31.10.2020.

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