As eleições europeias, para o senso comum português, quedam-se na luta política de fações partidárias que dirimem pretensos argumentos de ousadia retórica e patriotismo nacional, ou, senão pelo seu contrário, de pretensa nulidade. (Claro que as comissões de trabalho europeu estão delineadas e nelas se inscrevem os deputados portugueses; por isso, o trabalho é evidente, mas a ousadia nacional parece ausente).
Para exemplificação do “grande desinteresse e abstenção portuguesa” coloquemos o desempenho e desenvolvimento da problemática ferroviária que tem como paralelismo Portugal e Espanha.
Se o centralismo político espanhol da capital madrilena está vigente na implementação da alta velocidade, ele tornou-se um fator de desenvolvimento interno (indústria ferroviária) e um símbolo de exportação.
O problema da ferrovia espanhola parece ser o das “cercanias”, o que paradoxalmente remete para o handicap português. Como, por outro lado, o híper desenvolvimento da “alta velocidade” fosse um fator da centralidade espanhola em terras lusas.
Mas, se prolongar o exemplo ferroviário por outros constrangimentos do “navegar à vista” cairá nos “portos portugueses” e no “mar das aflições” que nos sobressaltam.
N.B. Os portugueses comem a sardinha que os europeus lhes dão nos seus próprios mares (águas atlânticas).
(Obs: 3% de representatividade; 60% de legislação europeia....)
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