Fonte: Jornal Faro de Vigo
O P.I.B. português não atinge os 17% do Produto Interno de Espanha, da ordem dos 1 163 662 milhões de euros, enquanto que o luso se situa nos 193.122 milhões. Deste modo, o rendimento per capita em Espanha, no ano de 2017, atingiu os 25.000 euros, enquanto Portugal se quedou pelos 18.700 euros, isto é, uma diferença de 6.300 euros.
As importações portuguesas atingem os 35%, enquanto que as exportações se quedam nos 25% do P.I.B. Neste rácio, o rendimento per capita português deveria ser da ordem dos 22.500 euros, para seguirmos a Espanha. Quer dizer que temos um "handicap" de, nada menos, de 3.800 euros em relação ao rendimento "per capita" espanhol, nesta temática do "import"/"export".
O Produto Interno Bruto (P:I:B.) da Galiza atingiu, em 2017, os 60.000 milhões de euros, sendo a oitava região que mais cresceu em Espanha. No entanto, a Galiza tem um rendimento "per capite", superior ao português.
Enquanto que em Portugal se luta pela média europeia, as regiões espanholas comparam-se, entre si, relativamente ao desempenho e desenvolvimento da sua economia regional.
A região de Madrid surge, em primeiro lugar, com um rendimento médio de 33.088 euros, ao ano, seguida do País Basco e Navarra.
Com uma diferença de rendimento médio, em relação a Madrid, está a Galiza, cuja distância atinge os 11.300 euros. (Aliás, idêntica situação ocorre com o salário mínimo em Paris, e, por vezes, nas suas províncias).
Este sistema de economia regional, com independência e autonomia, é bastante diferente da realidade portuguesa.
Por isso, qualquer crise política, a nível do governo central, tem uma interferência mínima no funcionamento geral da economia espanhola.
É um modelo diferente do sistema português, mas que temos de ver e analisar numa perspectiva do funcionamento da economia espanhola que cresce com pujança.
Por isso, apesar dos bons ventos, e, possivelmente dos “bons casamentos”, a estruturação da economia portuguesa carece de avanços bem fundamentados para continuar na boa senda.
Quando “elogia”, ou “desvaloriza” Portugal não se esqueça de olhar para o seu vizinho de lado, porque os galegos estão sempre à coca.
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