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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

EUROPOLITIQUE: A verdura da Madeira e a secura de Porto Santo


Junto ao hotel, onde pernoitávamos, corria um pequeno ribeiro de água para o mar, na ilha da Madeira. Fiquei fascinado pela riqueza natural desta ilha.
A abundância de água contrastava com a secura que irradia a ilha de Porto Santo.
Para lá fomos no “Lobo Marinho” que faz a escala diária entre estas duas ilhas.
O aeroporto de Porto Santo permanecia no meio do deserto desta ilha, como símbolo de emergência de qualquer temporal, com a sua pista que fazia relembrar uma linha no horizonte de uma costa a outra.
Se a escassez de água é uma constante na ilha de Porto Santo, já a secura e falta de terra arável é um obstáculo, que se vence com a “paciência de chinês”.
Em pleno mar de rochedos, os chineses têm edificado autênticas bases militares, que são alimentadas pela grande metrópole.
O “Lobo Marinho”, que saiu das verdes "terras minhotas", tem capacidades subaproveitadas, que diariamente bem podem transporte um contentor de terra arável por cada viagem que faz.
Efectivamente, a verdura da ilha da Madeira contrasta com a secura da ilha de Porto, ainda que o casario de habitações ou pequenos hotéis dêem uma miragem que não estamos num deserto, sobretudo para quem sobe ao seu pico mais alto.
Um "contentor de terra arável" por cada viagem no “Lobo Marinho” não torna verde Porto Santo, mas alivia a sua secura.

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