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domingo, 10 de dezembro de 2017

EUROPOLITIQUE: Em 2018, 17% de inflação em Angola?


“O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de toda a riqueza produzida no país, vai crescer 3,4 por cento no próximo ano e chegar aos 21.168,8 mil milhões de dólares, de acordo com os dados do quadro macroeconómico para 2018”. (Jornal de Angola)

Não chega a mil dólares por habitante e por ano, em Angola, quando um engenheiro de visita a Sines, dizia que ganhava 9.000 dólares, por mês.

O P.I.B. angolano é demasiado pequeno e baixo para a grandeza de Angola e para o número dos seus habitantes, 26 milhões de angolanos. Mas, há mais. “A taxa de inflação prevista é de 17%”, ao ano, num País que carece de divisas, em que a empresa Riberalves (import) dos seus 60 empregados, somente tem 10, por causa das divisas. A abundância de kwanzas, quer no Congo, Namíbia ou África do Sul, amontoa-se como um valor de troca de prejuízos avultados, sem correspondência cambial.

O contributo do sector petrolífero é da ordem dos 4.010, 7 mil milhões de dólares, que se situa, “grosso modo”, nos 20% do seu orçamento. Ora, um País que estava habituado a viver nos 80% a 90% da contribuição do sector petrolífero tem uma margem de manobra extremamente limitada.

Apesar das boas intenções do “ ministro das Finanças,  Archer Mangueira, (que) disse, em Outubro,  durante a apresentação do cronograma  de elaboração do OGE,  que  o documento  contém  “ações viradas para a melhoria da qualidade da despesa e da arrecadação fiscal”, a sistemática continuidade da “economia informal” e da falta de produtividade agrícola, são dois grandes obstáculos à economia angolana.

Somente menos de 10% da sua terra fértil e arável é aproveitada, (5 dos 35 milhões de hectares) e, apesar da sistemática procura de acordos com entidades do Brasil, Israel, Coreia do Sul, Japão, China, Vietnam, ou, até Portugal (salvo, raras excepções particulares), ainda não se encontraram os meios para devolver aos angolanos a riqueza do seu solo. Claro que, neste sector agrícola, as empresas americanas e os milionários angolanos partilham a mesma desconfiança.


Mas, a esperança é aquilo que se espera para melhores dias em Angola, porque recursos não lhe faltam.

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