Acusado, muitas vezes, de ser uma
“correia de transmissão da política governamental”, o “Jornal Expresso”, em
Portugal faz referência a um “Jornal de Angola mais doce”, menos agressivo e
fazendo quase apelo a um certo consenso.
O papel da imprensa como
“processo de credibilidade” atravessa interesses camuflados que desvirtuam os
chamados “jornais de referência” (liberdade e autonomia de imprensa, em que as
fontes jornalísticas são respeitadas). A camuflada ou aberta ideologia
reaparece como o “azeite à flor da água”.
Mas, esta “doçura” do Jornal de
Angola irmana-se nos amplexos que unem o povo angolano e português, condenados
a entender-se tal é a sua fraternidade.
Nos momentos difíceis, esta
irmandade não pode ser descurada, e, por isso, as linhas de crédito foram
anunciadas.
O processo de desenvolvimento da
democracia é lento, envolve o desenvolvimento de culturas em que os “direitos e
deveres” caminhem para uma maior consagração de cada ser humano e da sua
“personalidade jurídica”, com direitos e deveres.
Evocar os tais “500 anos”, - “como
não posso falar”-, são tempos que já deviam ter sido ultrapassados com as
democracias, quer angolana, quer portuguesa.
Angola tem recursos naturais e
humanos, que fazem parte da sua riqueza, não só material, como cultural. (Na
história perduraram as civilizações com cultura e valores).
O etnocentrismo, muitas vezes,
procura ver o outro dentro da sua cultura. Às vezes, os “princípios e valores”
divergem, segundo as respectivas culturas. Mas, a porta do diálogo deve estar
sempre aberta, apesar das diferenças.
“Somos iguais”, mas, ao mesmo
tempo “somos diferentes”, por isso o único caminho é fazê-lo caminhando.
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