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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

EUROPOLITIQUE: A "TSU" uma medida internacionalmente correcta

A profusão de debates e comentários da imprensa nacional acerca da TSU faz com que naveguemos na mediocridade da análise provinciana, não conseguindo olhar para a vizinha Espanha. Qualquer entendido em Segurança Social pode verificar e comparar as várias situações, quer em Porugal, quer em Espanha,  para elaborar um juízo acerca dos benefícios ou malefícios desta taxa.
Por nós, estamos plenamente convencidos de que a sua aplicação temporária é correcta, apesar das muitas dúvidas da sua aplicação.
Olhemos para a alta velocidade espanhola, que é um êxito, e para a possível conexão com a Galiza através dos comboios inter-cidades, cujos projectos em Portugal demoram 10 anos e em Espanha somente 5 anos.
Apesar de todas as dúvidas emanadas da Europa rica e opulenta, a economia espanhola caminha em passos de desenvolvimento firme, em que a sua dívida pública deve baixar dos 100%, e, em que as exportações superam as importações.
O turismo e a indústria automóvel são os dois grandes motores deste desenvolvimento. Nada menos de 8.000 cruzeiros deambularam pelos portos espanhóis, que deram lucro ao Estado, com um movimento turístico que ascende aos 74,4 milhões, e com o aeroporto de Barcelona com 44,4 milhões de transeuntes. Lisboa, a cidade que deve rivalizar com Barcelona, queda-se a um terço do seu movimento aeroportuário.
Apesar de um certo “boom” turístico, a capital portuguesa carece de objectivos de planeamento que entravam o seu desenvolvimento.
A indústria automóvel em Espanha, com as suas dezassete fábricas de construção e montagem faz com que se guinde para o oitavo construtor mundial, superando o Brasil, e, somente atrás da China, USA, Alemanha,  Japão, Coreia do Sul, Índia e México.
Com uma indústria ferroviária em expansão, com vendas têxteis mundiais, com produção de bens agrícolas e alimentícios em escala, augura-se que o seu desenvolvimento tenha um crescimento de 3% ao ano.
Se a crise bancária foi de 70 mil milhões de euros, em Espanha, sem entrar com os peritos da Troika,  a crise portuguesa nos últimos quinze anos atinge 35,5 mil milhões de euros. Quer dizer, metade da problemática espanhola não corresponde ao peso e importância lusa, por isso os comboios em Espanha andam em alta velocidade e os “inter-cidades” portugueses não chegam a Espanha.

Perder tempo e energias sobre questiúnculas miúdas não ajuda as graúdas. No entanto, a contrução do túnel Sul de Vigo, 30 km de nova via, dispender 400 milhões de euros, requerem que o governo da Galiza encontre as plataformas da possível ligação do "intercidades" entre o Porto e esta cidade galega. (Viável?...Rentável!...)

P.S. - 370.000 (micro e pequenas empresas = 98%). Se a Alemanha tem uma inflação de 1,5% a 1,6%, aumenta o seu custo de vida e aumenta o custo da dívida portuesa, apesar de 1,2% de crescimento+0,7% de inflação (total 2%) em que os juros são de 3,5 % , ou seja, não são para pagar capital.

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