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sexta-feira, 8 de abril de 2016

EUROPOLITIQUE: "Jogada de Mestre" em Angola

Com a “moeda nacional” – kwanza – com uma cotação no “mercado paralelo” em 450 kz’s  face a um dólar, e, com a cotação no “mercado oficial” nos 170 kz’s; apesar de uma “inflação normal” nos empréstimos e seus juros a 17% ao ano, (ainda que a anormalidade da inflação, num mês, seja superior a 10%); Angola acaba de pedir um “reforço de cooperação” ao FMI, em que os "1.721 milhões de euros" atingem somente os 1,5%  ao ano, e, os outros "2.272 milhões de euros" rondam os 3,5 % ao ano.
Aparentemente, é uma “jogada de mestre”, emboras as aparências iludam.
O dinheiro de Angola, à solta e no estrangeiro, ronda os 28 mil milhões de dólares; e, a classe dos ricos angolanos não arrisca nas “pescas, agricultura e minas”, porque não é “dinheiro fácil”. Esta falta de visão e confiança é a demonstração do atraso empresarial e social angolano, que apesar de tempo suficiente e necessário não ousou construir os fundamentos do seu desenvolvimento económico. Os cidadãos e as pessoas são o fundamento da riqueza de um país, e, não uma elite de "mercenários ou golpistas", especializados no “dinheiro fácil”.
Face a esta desconfiança e medo de risco dos empresários angolanos, habituados ao “dinheiro fácil”, a estratégia desenvolvida e dirigida ao FMI visa incrementar o investimento nestas áreas, tão carecidas e carentes.
Detendo alguns direitos de colaboração com o FMI, sem depender do Brasil com os seus "10 mil milhões de dólares" investidos nesta instituição, Angola coloca um desafio a si mesma, e aos “possíveis tubarões” da “nota verde e fresca”.
O executivo angolano, certamente, manterá uma vigilância pela chegada da famosa “nota verde”, já que os "6.000 milhões de dólares" dos chineses estão encobertos numa certa neblina, modernizando uma sociedade ansiosa pelo trabalho, pela dignificação humana, e, pelo grito de uma autêntica cidadania, expressa em milhões, daqueles que constituem o povo angolano.

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