El alcalde rompe relaciones con el regidor de Oporto por su
"insulto intolerable" hacia Vigo, (segundo relata o jornal Faro de Vigo).
Como dizem os franceses, se o “discurso é sempre uma
traição do discurso”, o “insulto
intolerable” do “alcade de Vigo” remete para uma análise da própria linguagem,
ainda mais quando a “língua galega” reclama uma aproximação à língua
portuguesa, sendo ela mesma uma língua de origem latina.
Na linguagem,
a trilogia de sintaxe, semântica e pragmática denuda-se nesta “mania”
sobranceira galega do “uso e abuso da linguagem”, cujo léxico está presente nas
relações de fronteira.
A palavra “alcaide” está semanticamente ligada a
fortaleza, forte, fortificação, com as suas muralhas e ameias, tal como
antigamente Santiago de Compostela estava defendida por causa dos seus
tesouros; modernamente, o "alcaide" do antigo Condado de Toronho defende a sua região com belos cruzeiros enfeitados. E, neste pretenso estatuto, o seu “alcaide” quer defender os “seus
tesouros”, estando nos seus direitos.
A nossa linguagem republicana não incarna qualquer tipo de realeza que implique o conceito de "reger" (regidor), nem o apelo à palavra "rex".
A nossa linguagem republicana não incarna qualquer tipo de realeza que implique o conceito de "reger" (regidor), nem o apelo à palavra "rex".
Por isso, ao tratar Rui Moreira, Presidente da Câmara
do Porto por "regidor" está a colocá-lo ao nível de qualquer “regedor”. Ora, o regedor era o antigo
Presidente da Junta, em qualquer freguesia do País.
Qualquer leitor de Cervantes, descortina este tipo de
linguagem que “nuestros hermanos” exibem com galhardia.
"Em si" o insulto
é tão “desqualificável”, como a linguagem inscrita no próprio “insulto” é
inadmissível.
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