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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

EUROPOLITIQUE: O perigo amarelo em Angola


 
      A estrada do Soyo/Luanda encontra-se dependente da boa vontade dos chineses para resolver o “atolamento” dos camiões, na ordem das 500 viaturas, por dia, que circulam nesta via.
     Enquanto outros 50 camiões traficam o cimento nas fronteiras angolanas com a República do Congo, a boa vontade reverte num lucro, digno de divisas americanas.
     Conceder aos chineses 15 mil hectares para plantação de arroz, quando se encontra um terreno pejado de diamantes e ouro é uma dádiva celestial.    
     Apesar do beneplácito de 6 mil milhões de dólares, concedidos em troca de petróleo parece que os angolanos vão pagar caro esta invasão chinesa, que se tornou na primeira colónia emigrante. Consta-se que Samora Machel desdenhava fazer negócios com os chineses. Apesar das contingência económicas, parece que o controlo deste “perigo amarelo” escapa um pouco às autoridades angolanas.
     O mercado paralelo de divisas cresce e faz lembrar as lojas de câmbio dos indianos em Maputo que decidem da subida ou descida do metical.
      Nesta invasão territorial escapa, por agora, a Sonangol na sua estrutura comercial, na sua estrutura política e na sua estrutura fiscal, que representa 80% da riqueza angolana, enquanto que o resto está dependente do engenho e avidez chinesa, desde o comércio até ao nível financeiro.
     Oxalá, o ano de 2016 seja mais promissor para Angola.

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