Do
alto do santuário de Delfos, na Grécia,
avista-se um extenso olival na sua planície, que dizem que tem um milhão
de oliveiras. Os restaurantes gregos são o grande veículo de promoção da
azeitona grega, e, o seu azeite atinge valores bem superiores aos dos
portugueses.
Mas, a estrela do comércio de azeite é a Espanha.
Enquanto que nos
super mercados americanos o azeite se vende em decilitros, a tradição europeia
consome este líquido em litros. Portugal é um dos cinco principais países
exportadores de azeite, conjuntamente com a Espanha, Itália, Grécia e Tunísia.
No entanto, o comércio do azeite e da azeitona navega em terrenos pouco claros,
quer na sua produção, quer na sua relação de exportação e importação.
A
Espanha, com uma superfície calculada em 2,5 milhões de hectares, produz 1,4
milhões de toneladas de azeite, enquanto que, teoricamente, a Itália, com 1,35
milhões de hectares, somente, produz 330.000 toneladas. Portugal começa a
atingir entre 120 a 130 toneladas de azeite, com 352.350 hectares.
Ainda que,
em 2015, Portugal tenha exportado 129.600 toneladas de azeite, sendo que
Espanha comprou 63.970 toneladas, ou seja, 49%
das exportações portuguesas. A produção alentejana atinge as 80.000
toneladas.
No entanto, a Espanha atinge a soma de 1,1 milhões de toneladas, a
nível da exportação, com um valor próximo dos 3.000 milhões de euros, enquanto
Portugal quase atinge 150 milhões, ou seja, 0,05% do valor espanhol. Apesar de tudo, a Itália importa, nada menos, de 550.000 toneladas de
azeite, detendo, a nível mundial, uma supremacia de vendas superiores às
portuguesas.
Ainda que produção
portuguesa comece quase a ser
suficiente para as suas necessidades internas, nas obrigações pelo lado exportador surgem carências.
Apesar disso, Portugal é um país importador e exportador, tal como a Espanha e
a Grécia.
Sem desvelar o enigma da pitonisa de Delfos, o mercado encarrega-se destas trocas, quer no azeite a granel, quer
no azeite engarrafado.
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