A encenação na “Sociedade de Geografia” exibida pelo autor
de “Vaticanum” , em que participaram mais de 500 pessoas, foi exibida em imagens
da televisão. Entusiasmado, o autor de “Vaticanum” procurou demonstrar que “os portugueses gostam de ler” e aquele
público era a prova concreta da sua afirmação.
O autor mais vendido do País, pode ainda acrescentar que há
portugueses, não presumo tanto, que são capazes de ler, não só a língua nacional, como também, a
língua latina e grega.
Por isso, a “gralha” de Petrus, na página 39 de “Vaticanum”
não passou despercebida. Esta “vogal” tornada “consoante”, cuja introdução
advém do século XII, introduzida em certos manuais medievais, não fazia parte do alfabeto
latino, resultando do alongamento de “iota”, tornando-se na 10.ª letra, e, originando
palavras como “Justiça” da palavra “iustitiae”.
Talvez a “letra hebraica” de “yod”, cuja qualidade é acção,
e, cujo número é dez, impulsionou qualquer “mão” para este erro.
Mas é uma letra obscura que entrou para o nosso léxico e idioma
durante a sua formação e constituição. Aliás, aparece como uma variante gráfica da língua
fenícia que significa “mão”.
Ora, é precisamente atrás desta “mão”, desta “gralha” que,
não passou desapercebida, que se indigita a sua correcção. Além disso, o livro
está prestes a atravessar fronteiras, sobretudo gaulesas.
A Editora parece fazer “ouvidos de mercador”. Qualquer
candidato a um doutoramento reúne uma equipa para corrigir as possíveis gralhas,
que não passam no “olho clínico” dos seus lentes.
A nossa “chamada de atenção” é que um autor de projecção nacional e internacional, que se tornou no “número
um” de vendas no País, não transmita para os "gauleses ou estrangeiros" este “tipo
de gralha”. Presumo, que não estou errado (en grec : Πέτρος ), sem "jota" na página 39 de "Vaticanum". Noblesse oblige!...
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