A RTP tem “jornalistas especialistas”, aliás, uma variante
de “pecado e virtude” em que os chamados “jornalistas gerais” se tornam, quando
não caem sobre “domínio da própria instituição, ou, do próprio poder político”.
Manter a isenção e credibilidade jornalística, nem sempre é
fácil, além dos “pecadilhos” em que se ultrapassam as mais elementares regras
deontológicas. (Há casos destes).
E, no domínio das “fontes” alguns já pagaram bem caro a sua
confidencialidade, em tempos pós Abril.
Claro que ser jornalista do “Correio da Manhã”, ou do
“Diário de Notícias” não seja a mesma coisa, e a tese de McLuhan que a
“mensagem é o meio”, talvez se aplique nesta situação.
A sistemática utilização da “crónica negra” pelo “Correio da
Manhã” vai de encontro aos “instintos de massa” que percorrem o inconsciente
colectivo. Talvez, seja um caso único no País, mas tem os seus exemplares
noutros sítios. Êxito comercial assegurado, por vezes, demonstra algum bom
trabalho, mas as notícias mais “bombásticas e sangrentas” preenchem as suas
páginas.
O “Diário de Notícias” pretende afirmar-se como um “jornal
de marca”. (Antigamente tudo o que estava escrito nos jornais, era verdade).
Agora, as coisas são diferentes.
Está em causa a credibilidade do jornalista ou do jornal?
A questão é complexa, e, quem lida com os meios de
comunicação deve encontrar a resposta.
Aquilo que parece intrigar o “Diário de Notícias” são as
“redes sociais”. Zero crédito para estas, e, total e absoluto crédito para este “jornal de marca”.
A ubiquidade da informação alterou as “fontes”. (Que podem
ser credíveis ou não). A internet forneceu certas ferramentas aos internautas
que escapam, por vezes, aos jornalistas.
Portanto, como “jornal de marca” não é o único com “selo de verdade”,
com forma e conteúdo de “imprimatur” que se permita usar, sistematicamente, o corte e a censura contra as “redes sociais”.
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