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domingo, 12 de junho de 2016

EUROPOLITIQUE: Um "povo trabalhador" o que precisa é de "armas e ferramentas"


 
O Jornal “Diário de Notícias”  (12-06-2016) publica uma fotografia de António Barreto do mais famoso “bidonville” em França.
Estive lá duas vezes.
Uma primeira vez para entregar uma “carta”. Aliás, a fotografia publicada está muito longe da realidade desse “bairro de lata”, desse “lodaçal”; ou seja, era simplesmente um lugar lúgubre de cabanas e paliçadas, onde era impossível encontrar alguém.
Uma segunda vez, para “jantar”, com um dos vultos da crítica da literatura portuguesa, cujo estro é Fernando Pessoa. Grupo de amigos, encantados com o “bacalhau”, num restaurante português.
Com “armas e ferramentas”, muitos emigrantes portugueses saíram daquele “bidonville” ou lodaçal para se tornarem condignos cidadãos, quer de França, quer de Portugal.
E, com “armas e ferramentas” de qualquer tipo, o combate às “elites”, que nunca foram aquilo que deveriam ter sido, erguer-se-á, com a mesma firmeza, para ocupar o seu lugar.
O tempo e a história irão determinar o tempo e espaço que cabe às novas elites, porque a renovação será o seu destino.
Isto é a nossa crença, a nossa esperança; surjam elas donde for.
Certamente que determinada “elite”, ou, o “espírito que a ele subjaz”,  sobretudo, na profundeza da dinâmica  das Forças Armadas Portuguesas não represente, nem satisfaça o do real valor das elites portuguesas. Porventura, sentimento que perspassa por outras entidades. É um espaço de lacuna, no incumprimento de certos ideais, que na profundeza da ambição de uma estrutura se esconde.
Mas, tal como a “fotografia” de António Barreto que não retracta o autêntico “lodaçal” que era o “bidonville” de Champigny , acalenta-se que outra imagem floresça com novas “armas e ferramentas” que nos forneça a esperança de “novas elites”, capazes de imprimir o movimento do “bidonville” para  “cidade” (civitas), como do “ghetto” em que estamos para um novo “espaço de cidadania”.
A certeza das nossas crenças continua firme.

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