Se o lema de Deng Xiaoping:
“deixemos que uma parte da população enriqueça, que eles levarão o resto para a
prosperidade” foi adoptado pelo
“arquitecto da paz” ou pelos seus “dirigentes”, em Angola, as diferenças entre
dois países são diametralmente opostas.
Sem dúvida que o tempo e a
história condicionaram o seu desenvolvimento, já que os pontos de partida são
diferentes e opostos. Os pressupostos angolanos baseiam-se na “acumulação primitiva de
capital em Angola”. Parafraseando o
Jornal de Angola de 26/11/2012: “Angola tem direito a ter uma burguesia nacional
que seja cada vez mais forte e mais rica”.
Enquanto o período do tempo seja
curto para Angola, já que para a China medeiam três décadas, entre 1985-1915; neste país africano, somente existe uma década, desde 2004- 2015. Portanto,
as diferenças são abissais
Exemplificando: a China detém uma linha de alta velocidade com 350 km por hora, e, uma linha contínua de 8.000 km; enquanto que os comboios angolanos andam a 60 km por hora e semanalmente. As ligações internacionais em Angola estão paradas, e, o corredor do Lobito aguarda pelas mercadorias dos seus vizinhos.
Exemplificando: a China detém uma linha de alta velocidade com 350 km por hora, e, uma linha contínua de 8.000 km; enquanto que os comboios angolanos andam a 60 km por hora e semanalmente. As ligações internacionais em Angola estão paradas, e, o corredor do Lobito aguarda pelas mercadorias dos seus vizinhos.
O ponto de partida destes
países é muito diferente, longínquo e estrutural; por isso, as comparações são
distintas e distantes; no entanto, a Coreia do Sul conseguiu um desenvolvimento
através de um “paradigma exemplar”, que brilha até no campo da educação.
No campo empresarial, Angola
conseguiu “um feito”, digno de registo, com a sua empresa de petróleo – a Sonangol. Mas o
crescimento, independência e autonomia do resto do “tecido empresarial” secou à
sua sombra.
Quando se fala de empresa,
fala-se de empresários. Claro que Angola tem alguns empresários, mas tem
sobretudo uma nata de super ricos, cuja riqueza se esconde sob diversas capas.
O modelo chinês gerou uma nata de milionários, que
supera os Estados Unidos, como “in extremis”, a Nigéria tenha os seus
milionários.
Embora, 25% da população
chinesa detenha somente 1% da sua riqueza, Angola permanece com 65% dos seus
habitantes com 2 dólares por dia.
Mas
Angola carece de autênticos quadros dinâmicos e milionários que se afirmem
credivelmente no mundo dos negócios.
A
construção de uma “elite empresarial com dinheiro” parece um pressuposto da
ideologia angolana, cuja veia inspiradora advém da China, mas um certo falhanço
em “tempos de vacas gordas” enfrenta uma maior crise em “tempos de vacas
magras” , que, infelizmente, assola Angola.
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