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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

EUROPOLITIQUE: Cem mil soldados angolanos não chegam para 17 jovens com “as mãos no ar.”

Nesta linguagem da diplomacia, por vezes, o diabo anda à solta.
Por isso, convocamos um bispo português para exorcizar os demónios que andam à solta, já que o senhor embaixador angolano, em Lisboa, diz - “que em Portugal sempre se pretendeu: diabolizar Angola”
Muitas vezes, joguei futebol com jovens, que no seu íntimo guardavam a sensação de 500 anos de colonialismo. Mas sempre respeitámos as suas idiossincrasias.
Muitos portugueses sonharam com Angola, nos mais variados projectos, e, sobretudo humanitários, como era o caso daquele “grupo de futebolistas”.
O bispo português afirma como é possível um grupo de 17 jovens conseguir fazer um “golpe de estado”?”
Se isto não é possível somente resta a contestação, que entra na “liberdade de expressão”. E, a liberdade de expressão e de pensamento está associada à liberdade de informação.
Se algum arauto português defende a “terra queimada” nos antigos territórios ultramarinos, já que são escassas estas vozes, a maioria dos portugueses lutou pela sua democracia, e, anseia pelos valores democráticos em Angola.
“Dar voz ao diabo” significa que “Deus é brasileiro” e, que os portugueses estão no “Portugal dos pequeninos”, relembrando a ideia de Agualusa.
A amizade e fraternidade que, por vezes, nos une, supera qualquer maldade ou “diabolização”, que se pretenda introduzir nos laços da nossa comunhão de povos. O diálogo nunca pode passar pela escuridão!...
Mas, a minha experiência empírica com jovens africanos, demonstra que a fraca consciencialização dos direitos, e consequentemente deveres, acarreta um desleixo de crença nos valores da política.
Se, Barack Oboma lamenta a falta de direito nas eleições governamentais africanas, como, por exemplo, a duração dos poderes presidenciais, (em que lamenta deixar de ser presidente), esta acutilância pelos valores democráticos, somente pode advir de consciências mais acutilantes.
Por isso, este grupo de jovens acarreta o peso e as suas consequências.
“Menino não fala política” – Valdemar Bastos.

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