O inconsciente colectivo de
muitos portugueses reclama pela figura parental de Salazar. Este complexo de
Édipo colectivo revela um sentido de "orfandade" que a mítica figura de um “pai”
expressou em recentes sondagens; e, que ainda perdura como substrato de
algumas mentalidades.
Face a uma Europa em que estamos
inseridos, recebemos recentemente um acrónimo digno de registo de PIGS, que
expressa também este sentido de "orfandade" frente às instituições europeias, já
que nenhum mítico “salvador” se impôs no inconsciente colectivo destes países.
Já que, a ciência e técnica nunca nos bafejou com a sua ilustração, salvo a época dos Descobrimentos, restam-nos duas armas susceptíveis de guerrilha e desenvolvimento: o direito e a matemática.
A caridade que nos querem dar e ofertar, não é mais do que a ilusão de um perdão, que visa a sonegação do direito e da matemática.
Certas instituições europeias são
demasiado hábeis na manipulação dos direitos, reafirmando que cumprem as normas
europeias, mas simplesmente as aplicam em seu favor, ou, cujo dever se imputa aos outros. Aqui, a ciência do direito torna-se imprescindível no apuramento
das justas causas em que aos direitos consagrados nas normas teóricas
europeias, elas tenham a sua eficácia na prática de toda a colectividade.
A ciência da matemática é sem
dúvida o melhor registo que temos da realidade, quer no campo científico, quer
no campo social. Todavia, como registo da realidade social, está sujeita à
manipulação do número como medida das coisas.
Estas duas armas do direito e da matemática constituem os instrumentos
de luta europeia, que os partidos portugueses têm em equação.
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