Fazer 17 quilómetros por dia, para chegar ao
seu local de trabalho na cidade de Luanda, obriga a que as pessoas se levantem
às quatro da manhã, por causa do transito infernal que assola a capital de
Angola; o que contrasta com Paris, cuja distância se pode percorrer entre 10 a 15 minutos, com um bom sistema de transportes.
Esta caso paradigmático da falta de habitação em Luanda contrasta com a
promessa governamental de construir, pelo menos, 200 casas em cada município,
pelas extensas terras angolanas. Todavia, esta problemática é extensiva à capital moçambicana.
Fazendo apelo à notícia da Angop “ seis mil apartamento” serão construídos no
Cuito, e mil casas no Andulo. Certamente que os problemas com o trânsito serão
bem menores.
Na sequência desta notícia, a prioridade
destas casas está reservada para os trabalhadores da Função Pública (quatro mil
apartamentos) e cidadãos singulares (duas mil casas).
A inserção na cidadania angolana, certamente
que deve começar pelo funcionalismo público, desde que lhe sejam concedidas as
condições mínimas de acesso à habitação, desde que o sistema de juros lhes seja
possível, desde que possam manter um nível de vida digno. Caso contrário, a
degradação humana e social, certamente gerará subornos e corrupção. Aliás, a
venda de apartamentos e casas não está imune a estes processos de chantagem,
que têm ensombrado a sociedade angolana.
Com mais de duzentas empresas dedicadas à
construção civil, Angola começa a despontar para a criação de condições dignas
de acesso à habitação. Além disso, beneficia da mão de obra chinesa que
internamente (na China) desenvolveu técnicas e capacidades de construção que
são um instrumento válido para os angolanos, além de que os seus preços são bem
favoráveis para este negócio.
Oxalá, a banca corresponda às expectativas das famílias carenciadas de
Angola, para que a habitação se torne
uma realidade para a sociedade angolana.
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