Grande parte dos portugueses
detestam esta “virose” provinciana e mesquinha da dita elite europeia que se
candidata aos postos bem remunerados, como uma sábia inteligência bafejasse os
ditos eleitos.
Certamente que não irão dormir em
camas de dormitório como aconteceu aos primeiros deputados europeus do dito
rectângulo, mas certamente que estarão bem longe da argúcia dos deputados e
peritos dos países poderosos, hábeis na manipulação das leis e dos seus
interesses.
Por isso, na limitada mundivência a que serão remetidos,
ergue-se a mais nobre tarefa que é a emigração. Nada menos de 30% da população
luta por terras ditas europeias. Certamente que não terão forças para bater aos
cofres da Suiça reclamando parte dos 4 mil milhões de euros, que jazem nas suas
contas de segurança social, e que
pertencem a muitos emigrantes. Certamente que não terão forças para reclamar os
direitos de mais de 50 mil portugueses que nunca lutaram pelas parcas economias
deixadas na segurança social francesa. Certamente que não terão forças para
lutar de igual com igual através das instituições portuguesas com as suas
congéneres estrangeiras. Certamente que não terão forças para sabiamente
canalizar as várias centenas de milhões de euros que são enviados pelos
emigrantes. Certamente que não terão capacidade para lutar contra e a favor das
centenas de emigrantes, quer no Canadá, USA e na dita Europa.
Este nobre filão “dourado” da emigração, sustento dos
vencimentos destes deputados, é sangue que jorra silenciosamente, sem encontrar
um fio condutor. Esta chama “perdida” no silêncio e na amargura, de uma vida dura, desesperada e sem esperança,
carece de uma aurora que desponte num dia mais luminoso.
Agarrem o povo,
porque no povo
estará a vossa vitória,
a vossa nobreza,
a vossa glória!...
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