Bem gostava eu de converter o cheque de 200 dólares, em pleno centro dos USA, em 200 milhões de dólares, mas milagres destes só acontecem em Angola, através da imprensa campónia, que despertou em Portugal, após mais de seis vezes de conflito.
Aliás, este milagre, somente é possível graças a um CEO,
que desconhece o seu verdadeiro patrão que detém entre 52 a 55% do seu banco,
e, a um general que enterrou a metralhadora, porque ela só funciona a 25%, apesar das garantias das
baterias de fogo nacionais, quer dizer, o Banco Nacional de Angola.
A “imprensa campónia portuguesa” faz-me lembrar os arautos
da Av. da Liberdade e do Palácio Cor-de-Rosa, de que os angolanos não pagam os
90 milhões de contos, quando, por ironia da história, os petroleiros debandam a
costa portuguesa e a Galp pertence aos angolanos. Para não falar dos imbróglios
de Jaime Gama com os angolanos, que, por ironia da história, se não estão ao
mesmo nível, se deve ao contingente de foragidos que suavemente começaram a
lançar os caboucos de uma nova relação.
A “imprensa campónia portuguesa”, relembrando os
esconjurados para Angola, pouco ou nada fala da educação, da saúde, da
segurança social, dos transportes em Angola. Agarra-se, ao velho sistema de
divisas que Angola permitia converter em dólares, através das suas exportações,
para exibir novos camiões TIR da “nota verde”. Claro que o colapso do
contingente dessas exportações escondia o “ouro negro”. Porém, no colapso desta
conversão, esconder o passado, com as suas contradições e virtudes, não pode
servir como arma de arremesso, nem para o presente, nem para o futuro.
A liberdade implica assumir a responsabilidade. Os erros
do passado, são, por vezes, uma correcção pedagógica para o futuro. Mas,
somente analisar a realidade por um brilho fátuo, “de dólares”, cujo brilho é cinzento, somente pode reluzir nesta “imprensa
campónia portuguesa” que abrilhanta os seus jornais com títulos de encher o olho
a pategos.
Para que certa imprensa portuguesa não fique ingenuamente diminuída nos
seus créditos, o melhor que faz é consultar outras perspectivas, não nacionais,
da relação entre Portugal e Angola.
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