Com uma população calculada nos 20 milhões de habitantes, o sistema de Segurança Social, em Angola, está muito distante dos seus objectivos. Ainda, me recordo, da minha experiência, em países europeus, quando fazia qualquer trabalho, me pediam o número de Segurança Social. De forma que, esta exigência devia ser o contributo de qualquer cidadão, neste caso de qualquer angolano, para a sua inscrição no sistema de Segurança Social. Após, o censo da população angolana, da sua identificação, urge que a obrigatoriedade de contribuição para a Segurança Social se torne um dever, uma realidade e se constitua um direito futuro das suas benesses e regalias.
Somente 0,08% da população angolana beneficia ainda deste
sistema que abrange somente 1,6 milhões de pessoas, nas suas 79 mil empresas.
Apesar das recentes desconfianças em relação aos Sistemas de Seguranças Sociais,
ainda, presentemente, em todo o mundo continua com a sua credibilidade,
confiança e esperança de um futuro melhor. Angola, tem condições únicas de constituição de um fundo social que beneficie a sua população. Não só como angariação de capital, como também como modelo de sustentabilidade, graças à sua população jovem.
Claro
que somente em 1990 foi instituído o Sistema Nacional de Segurança Social
assente nos princípios da sua universalidade, em Angola.
Num
país que reúne condições suficientes para integrar os seus cidadãos neste
sistema, a informatização deve dar passos largos para que , cada vez mais, a
inscrição dos cidadãos angolanos se torne numa realidade efectiva e que a
consciencialização destes deveres se inscreve na mentalidade angolana, já que
neste momento 90 mil pensionistas beneficiam das suas regalias.
Neste momento, o número de pensionistas em Angola tem um peso ínfimo, um
valor de 0,05625%, em relação aos seus contribuintes. Quer dizer que um
pensionista representa um peso para quase 18 contribuintes que contrasta, abissalmente,
com a realidade europeia.
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