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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
EUROPOLITIQUE: Reforço do sistema bancário em Angola
Nas 10 economias mais promissoras de África, destaca-se Angola. Conforme relata o seguinte relatório: “alicerçado num enorme aumento do investimento público e na contínua expansão da produção petrolífera, prevemos que o crescimento do Produto Interno Bruto real em Angola vai ser, em média, de 6,5% ao ano durante a próxima década”, ou seja, até ao ano de 2023. A Sonangol com lucros superiores a dois mil milhões de dólares, continua a ser a empresa rainha de Angola, “um verdadeiro estado dentro do estado” angolano, servindo de âncora para todo o tipo de investimentos. Aliás, a mesma função exerceu a EDP portuguesa, nos governos “atribulados” de Mário Soares, quando se ultrapassou o seu aval, diminuindo e subtraindo os fundos da Segurança Social para infelicidade do Povo Português. Todavia, em Angola, até que despontem outras empresas concorrentes da Sonangol a nível da electricidade, do gás, do ferro, do carvão e similares, augura-se que demorará muito tempo ante a possibilidade destas emancipações no tecido empresarial angolano. A Sonangol somente encontre um concorrente na possível e profícua aplicação do seu “Fundo Soberano”. Nesta omnipresença da Sonangol começa a surgir uma diversificação financeira.
O sector financeiro procura criar garantias de expansão, diversificação e solidificação através do beneplácito do Estado Angolano como acontece com o BESA, criando uma espécie de “garantia soberana”. Mas, um novo crédito no risco dos activos empresariais associa-se aos novos investidores russos que retomam 20% do capital do Banco Privado Atlântico. Esta instituição bancária com ligações à Sonangol (sempre presente e imiscuída nos negócios), presente em Portugal, vai fundir-se com o Banco VTB África, de origem russa. O grupo oriundo da Rússia e o conglomerado industrial russo Rostec vão ficar com 20% da nova instituição, que será designada de Atlântico. Já o Grupo VTB, controlado em 61% pelo governo da Federação Russa, integra cinco instituições financeiras, sendo um lideres do sistema financeiro russo.
Ainda que a verdadeira teia de interesses individuais, espalhados pelos diversos bancos, suscite alguma inquietação, claro que tornar mais credíveis as instituições bancárias é um passo para que a economia angolana continue nos 6,5% ao ano, até 2023.
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