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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

EUROPOLITIQUE: Casas europeias e portuguesas

A relação entre as casas que não são habitadas que ronda a cifra de 3,4 milhões, em Espanha, corresponde ao empréstimo de habitação em Portugal, onde 600.000 famílias tem dificuldades em pagar os seus créditos. Se, em Portugal 80% dos seus habitantes querem tornar-se proprietários, em França esta tendência ultrapassa um pouco mais de 50%, onde a aquisição de um “bem imobiliário” atingia a média de 220.387 euros, em 2013, mas cuja valor tende a aumentar. Ultimamente, os portugueses nesta tendência de propriedade sofrem um valor desmesurado de I.M.I., imposto pelo sistema fiscal, que ultrapassa o valor do seu imóvel. Mas, enquanto no sistema francês, o mercado de aluguer de habitações funciona normalmente, e, constitui uma fonte de rendimento para os aposentados, em Portugal complica-se na relação de inquilinos e na relação fiscal. Claro que a teia dos vários impostos locais em França é mais complexa do que em Portugal, mas o “modus operandi” cultural e a eficiência judicial francesa é extremamente mais simples. Aliás, o condomínio em França é mais caro que em Portugal, enquanto que o sistema fiscal em Portugal cobra mais do que o sistema francês. A explosão habitacional em Espanha, além dos proventos económicos que gera com as suas consequências políticas, advém de uma emigração citadina e aos fluxos turísticos. Tradicionalmente, a emigração portuguesa retorna às suas origens, enquanto que a emigração espanhola procura a cidade. Mas, para além de outras e muitas condicionantes, Portugal aparece em terceiro lugar em “casas não–habitadas” que esperam por novas soluções.

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