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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

EUROPOLITIQUE: João Soares - Deputado da Guiné Equatorial

Nos últimos tempos da política nacional assiste-se a um autêntico vazio de projectos estruturais da economia, evocando-se a crise, que sistematicamente ataca a contas do “deve e haver”, de que são vítimas os salários dos empregados e reformados. No universo do futuro nada se projecta, e o pouco que estava delineado encontra-se parado. Nenhuma “flama ou chama” se projecta como possível luzeiro de orientação para uma possível expansão. Ora, neste deserto estéril surge uma miragem de um pequeno ou grande oásis. Salimo Abdula, presidente da Confederação Empresarial dos Países de Língua Portuguesa (CE-CLPL), argumenta que “temos condições, fomos abençoados, temos recursos naturais de grande dimensão descobertos nos últimos dez anos, temos mão-de-obra jovem, e se nos posicionarmos como deve ser, levando a tecnologia necessária para dar mais-valias às nossas riquezas naturais onde elas existem, podemos transformar a CPLP numa estrela a nível mundial, fazendo o nosso PIB passar de 4 para 10% do total mundial daqui a dez ou quinze anos”. E continua, “para crescermos, é preciso criar uma economia de escala maior e criar a nossa própria marca CPLP, concluiu o responsável, reconhecendo que estes são “projetos a médio prazo, mas que só precisam do apoio da classe política para os empresários os tornarem realidade”. Marginalizar a “Guiné Equatorial” como pretendem alguns “políticos” corresponde exactamente à mesma “visão de deserto” no qual navega a economia portuguesa. Mas, por outro lado, parece que o “lado escuro da lua” tem uma “visão solar” mais projectada para o futuro do que aqueles que somente sabem navegar à vista, sem qualquer alcance do futuro.

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