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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
EUROPOLITIQUE: SONANGOL : "Um Estado dentro do Estado"
Além da Chevron, empresa petrolífera que pontifica nas águas de Cabinda e arredores, vem juntar-se outra concorrente similar e americana - a Conoco (Philips/Angola), com sede em Houston, com presença em 29 países, 18.000 funcionários e lucros de 55 mil milhões, na exploração de quatro poços de petróleo nas bacias profundas ao redor do rio Kwanza.
Juntamente com os fundos advindos destas empresas junta-se a “Angola LNG, com propano e butano e seus condensados, que visa exportar 5,2 milhões de toneladas, através das suas instalações no Soyo. Nesta última empresa insere-se a “rainha petrolífera” angolana – a Sonangal – com os seus 22,8% no negócio do gás.
“Rainha mãe” das empresas angolanas, a Sonangol comprou 51% da STP, companhia aérea de São Tomé e Príncipe, estendendo os seus braços aos portos, aeroportos e combustíveis deste pequeno país. A influência angolana marca uma posição estratégica na pequena economia são-tomense, que corresponde a 50% do seu PIB, no valor total de 360 milhões de dólares.
O sector financeiro angolano ainda não ganhou autonomia suficiente para a emancipação de certas empresas, de forma que a Sonangol continua a dar cartas na afirmação de certas empresas. Além disso, os lucros desta empresa continuam fechados no seu baluarte de “redoma de vidro”, de tal forma que o” erário público” continua dependente da sua contabilidade, dos seus créditos internacionais, dos seus benefícios e da sua gestão financeira. Se, outrora, os Caminhos de Ferro de Benguela eram um “estado dentro do Estado” parece que a Sonangol retomou o seu paradigma. Desde a venda de lotes petrolíferos (função do Estado) - [O estado brasileiro vende, a Sonangol faz "roadshow" internacional] - até às empresas de construção civil ou pequenas empresas, a "rainha mãe" das empresas angolanas estende o seu beneplácito. Todavia, este paradigma que se estende logicamente ao negócio do gás, porventura, carece de uma autêntica autonomia, de modo que o tecido industrial angolano possa afirmar, cada vez mais, a sua independência e complementaridade na emergência de outras empresas concorrentes.
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