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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

EUROPOLITIQUE: Rui Machete e a "mão detrás do arbusto"

A expressão “mão detrás do arbusto”, embora não seja do grande mestre Sócrates, emerge com um conteúdo “socrático” de um aportuguesado político. Claro que, Rui Machete reunia todos os “pergaminhos de renda” para se tornar Ministro dos Negócios Estrangeiros, embora deixe “muito a desejar”. Todavia a “práxis” política tem demonstrado que sem uma “mãozinha detrás do arbusto” não funciona. Sempre fui adepto de um regime “semi-presidendialista”, (ao contrário de Mário Soares), que não é o caso português, mas a intervenção presidencial vem demonstrar que, concretamente, no caso e seus “affairs” de Moçambique se torna evidente e imperativa. Ainda, bem. No caso angolano, e nas suas implicações, as situações são mais complexas; desde já com a sua carga emocional, sentimental e afectiva. A nível popular costumava-se dizer que o famoso Álvaro Cunhal viajava sempre em dois carros, um dos quais não se sabia, onde estava. (Ilustre personagem que desde Paris, para mim, se tornou um pouco fantasmagórica, embora a “distância fosse de centímetros”, que nunca permitiu um “olá” parisiense).Claro que a ousadia de Cunhal, “sempre ao lado do povo” nunca se podia aparentar a uma encomenda de dois “Porsches Panaremas” como foi feita para outra ilustre personagem angolana, a "nível popular". Para além de qualquer pormenor de circunstância, que num contexto cartesiano iria do particular ao geral e vice-versa, sem evocar qualquer "elemento socrático", a “política externa” carece de uma certa clarividência que a “mão detrás do arbusto” imprime com alguma audácia, quando os outros elementos fraqueijam. Por isso, aguarda-se, brevemente, que as “notícias de jornal”, algumas vezes, sórdidas e de mau gosto, sejam ultrapassadas por um tónico que fortaleça as relações angolanas e moçambicanas, para gáudio destes povos.

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