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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

EUROPOLITIQUE: TGV in RIO

O Brasil contrapõe-se a Espanha em matéria ferroviária. Enquanto que os espanhóis anseiam por ligações em alta velocidade, o Brasil debate-se em questiúnculas burocráticas, legislativas, empresariais e outras. A ligação em alta velocidade entre o Rio de Janeiro e São Paulo, orçada em 16 mil milhões de dólares, não passa de projetos continuamente adiados. Das atuais seis horas de percurso restariam somente 85 minutos. São Paulo com os seus 20 milhões de habitantes regurgita com os seus 8 milhões de carros, por dia. A ligação rodoviária entre o Rio e São Paulo é, por vezes, caótica. O sistema ferroviário de mercadorias é insuficiente, e o de passageiros é quase inexistente. Além da falta de tecnologia brasileira para tal empreendimento, erguem-se barreiras das próprias construtoras do Brasil ao mercado internacional. Além disso, a burocracia política e social encrava em interesses pouco evidentes. As empresas da indústria automóvel arrefecem o entusiasmo por estes investimentos. Ainda que a meta se mantenha até aos anos 20, não haja dúvidas que a indeterminação contamina a ambição. Todavia, a mobilidade dos brasileiros continua em nítido atraso. A modernização do sector ferroviário brasileiro carece de inovação internacional, sem a qual o marasmo da mata atlântica não encontrará o caminho de um rápido desenvolvimento, já que o tempo urge no Brasil. Um país que detém nada menos de 373,5 mil milhões de dólares, para a estabilização do real, bem pode lançar-se no TGV Rio.

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