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sábado, 29 de junho de 2013
EUROPOLITIQUE: 2012 Superavit Angolano
Em 2012, e, pela primeira vez nas relações económicas entre Portugal e Angola, o balanço comercial bilateral registou um salto positivo a favor dos angolanos, no valor de 278,2 milhões de dólares. Para quem ouviu ao telefone que os angolanos deviam 90 milhões de contos e não pagavam, é um “happy end” nesta cooperação, sem (a pretensão da constituição de um “banco” que tanta falta fazia)!...
Ainda assim, as exportações portuguesas cresceram na ordem dos 28,6%; enquanto que as angolanas saltaram para os 51,3%, comparativamente ao ano transato (2011).
Deste modo, Portugal ocupa o 4.º lugar como investidor estrangeiro em Angola, enquanto que Angola tornou-se no seu 11% investidor internacional ( em 2011, era o 16.º).
As forças políticas que se envolveram neste processo tiveram a devida percepção no devido tempo e na devida altura. A acção política de alguns “esclarecidos” que permanecem no anonimato deram um impulso a este tipo de relacionamento.
Claro que persistem alguns condicionamentos e condicionalismos neste tipo de cooperação, dada a burocracia e a passagem de uma “economia estatal” em Angola para uma economia de mercado, devidamente certificada juridicamente.
Todavia em Angola, e no ano de 2012, apesar da criação do BUE (Banco Único do Empreendedor) para simplificar e acelerar o registo e criação de empresas, ainda não se conseguiu aumentar a sua eficiência e eficácia.
Segundo o relatório do Banco Mundial são necessários 68 dias para começar um negócio em Angola, quase do dobro da África Austral. As licenças de construção atingem os 348 dias, quase um ano, com muito dólares de permeio.
Sobretudo, a marca portuguesa, nesta Europa desavinda, aparece com gáudio contra gauleses, quando as afirmações "demandavam" que "nada teríamos a ver com Angola"!...
Mas certamente as perspectivas são ambiciosas, tanto do lado português, como do lado angolano, apesar do quarto lugar na escala do investimento, já que a concorrência tem adversários de peso mundial.
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