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sexta-feira, 15 de março de 2013

EUROPOLITIQUE: A Sonangol e a Habitação

Com 5 milhões de prisioneiros, com um aumento de 25% das exportações no mês de Janeiro, a China soma e segue nesse mundo em crise. Maior importador de petróleo a nível mundial tem em Angola o seu parceiro ideal da importação do crude. A Sonangol não carece de financiamento, já que a torneira chinesa debita um manancial financeiro suficiente e necessário às suas necessidades e ambições. De tal forma que não precisa dos préstimos da CGD para o financiamento do novo banco para os empréstimos à habitação, cujos créditos permanecem na sua sede. Mas oxalá não se transformem numa sede de exploração dos carenciados angolanos naquilo que se refere a uma habitação condigna. Certamente que os lucros ficarão em casa da Sonangol, que não tem mais do que recorrer à mão de obra chinesa sempre abundante, mesmo que sejam “prisioneiros”. Com a compra de 20% da ENI, em Moçambique, a China procura explorar os novos e futuros recursos do gás moçambicano, de forma que estes países, são o alvo estratégico das carências chinesas em relação à energia. Com dinheiro barato e mão de obra acessível, a Sonangol, não tem mais do que meter mãos à obra para fornecer habitações condignas aos cidadãos angolanos. Claro que não carece dos préstimos da CGD, já que, deste modo, fica dono e senhora dos créditos à habitação no sistema angolano. Mas, dadas todas estas facilidades, o sistema de crédito à habitação em Angola está mergulhado na teia de interesses e burocracias que parece não poder desvencilhar-se das suas amarras. Num país tão carente em habitação nada justifica tamanha teia de obstáculos ao seu desenvolvimento. Os cidadãos angolanos sempre acabarão por pagar o direito à habitação.

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