Se as expectativas para a América Central, onde a gasolina na Venezuela é da ordem de 0,011 euros por litro, assim como para a América do Sul, sobretudo o Brasil, se concretizarem, em 2030, o conjunto destes países, a nível mundial, terá 10% das estruturas sociais, na dita e chamada classe média.
Contrariamente ao Sul de África, se exceptuarmos a África do Sul, continuará nos próximos 15 anos com expectativas extremamente baixas, incluindo Angola. Ainda que 40% da população da África do Sul se encontre com grandes problemas a nível do emprego; Angola, com um território equivalente à Europa, carece de um nível populacional, para o seu reduzido número de habitantes, na ordem dos 20 milhões.
Apesar da inauguração do caminho de ferro de Benguela, a frequência de comboios limita-se a uma ou duas viagens por semana.
A experiência e o êxito do Brasil no combate à pobreza, e a passagem de milhões de brasileiros à dita e chamada classe média, ainda não floresceu nos seus ideais na progressiva Angola.
Se as estruturas sociais, a nível da saúde, do ensino e da segurança social, começam a ser implementadas, nada justifica que uma classe emergente não apareça no tecido social angolano. Além disso, o aumento das receitas do Estado advém das classes trabalhadoras e dos quadros médios e superiores. Portanto, os salários justos pelas competências sociais implicam que uma classe média se afirme no contexto social angolano.
O acesso à habitação, sobretudo em Luanda, demonstra que as estruturas sociais ainda não encontraram um conjunto de pessoas com capacidade económica para usufruírem de tais benefícios.
A Sonangol, com os seus 8 mil milhões de dólares, emprestados pelo chineses, a longo ou curto prazo, tem de encontrar nas suas empresas subsidiárias a forma de expandir os empréstimos concedidos ao parque habitacional.
Se o O.G.E. moçambicano é da ordem dos 20 mil milhões de dólares, quer dizer que 50% deste orçamento reside nos planos da Sonangol.
Comprar casas nos Emiratos árabes, sem saber onde ficam, não é conselho que convenha aos angolanos!...
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