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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

EUROPOLITIQUE: England and Portugal

Tradicionalmente aliado de Portugal, membro activo da C.E., desde 1 de Janeiro de 1973, a Inglaterra ameaça cortar os laços com a Europa. Fisicamente ligada por um cordão umbilical à Europa parece navegar de forma autónoma nesta confusão europeia. Religiosamente protestante nunca se inscreveu na tradição católica porque dentro de si fervilha o sangue normando. Economicamente centralizada no comércio, os seus tentáculos percorrem os diversos mercados do mundo financeiro. Se a maioria dos franceses (52%) manifesta uma possível saída da C.E., cujos engulhos remontam ao General DeGaulle, isso deve-se, talvez, aos resquícios de um certo nacionalismo gaulês. Se fosse feito um inquérito em Portugal, certamente que não colocaríamos fora o nosso aliado tradicional, embora tenhamos também alguns engulhos ultramarinos. Todavia, os franceses mais esclarecidos têm consciência de que e Inglaterra faz falta à C.E., por dois motivos essenciais: pelo domínio e supremacia do sector financeiro, que infelizmente não faz parte do “euro”, e, pelo peso do impacto da Inglaterra noutros mercados, onde a sua língua permite abrir novos caminhos, nesta linguagem universal – o inglês. Ultimamente, a Inglaterra tem atraído várias classes de portugueses que facilmente se têm integrado na sua comunidade. Embora, os ingleses estejam sistematicamente marcados por uma ideologia mais liberal que a portuguesa, em parte, por causa do "catolicismo", nada impede que os portugueses fortaleçam os seus laços e se empenhem em alianças de convivência com o futuro da Europa. Mas acima de tudo, no contexto periférico desta Europa (o que nos permitiria estar ao nível da Aústria), o mar sempre foi palco dos ingleses e portugueses.

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