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sábado, 24 de novembro de 2012

ANGOLA: "Os portugueses têm medo de falar de Angola!..."

As elites portuguesas estão muito mal informadas sobre Angola, e isso é culpa da sua imprensa. O Jornal de Angola deixou há muito de ser o único diário angolano. Há outros, inclusive gratuitos. Este jornal é independente e a opinião nele expressa é livre. Não estamos prisioneiros de redes mafiosas nem somos instrumentalizados por ninguém.” Felizmente ou infelizmente não li o célebre artigo do “Jornal de Angola” do dia doze. Portanto, não estou influenciado pela hiper-sensibilidade angolana ou portuguesa. Aliás, percorria os passos do Palácio Cor de Rosa, quando o dr. Gaime Gama tinha imensa dificuldade em lidar com Angola e com uma dívida de 90 milhões de contos. Agora, outro galo canta e através da Net também podemos cantar!...("Ainda mais com passaporte português e carimbo françês!"...nos USA.) Aliás, a nossa tradição humanitária, não se confunde com índoles políticas, jogos de poder, exibição de riquezas, mas simples e humildemente com aquela Angola profunda do Kubango, auxiliada por médicos cubanos e espanhóis. Claro que não pertenço à chamada “elite portuguesa”, mas por lá navego!...Nem mereço a construção de um editorial, tão amigavelmente solicitado a Luís Fazenda, de modo que nem simplesmente como CARTA DE LEITOR, alguma vez fui publicitado. Nem seria justo solicitar ao Provedor da Justiça, porque esses caminhos são desencontrados no seu convite!... Há muitos portugueses que tem medo de falar de Angola, e isso entristece-me!... Por outro lado, o momento político não é o melhor para exigir um relacionamento diplomático, digno dos pergaminhos humanitários que deveriam conduzir a política portuguesa. “É mais fácil ir à lua, do que conhecer profundamente a realidade social de um país”, dizia alguém. Por isso: A imprensa portuguesa pouco diz da realidade social angolana, no bom e mau sentido!... Infelizmente, as televisões seguem o mesmo caminho, fora as notícias de circunstâncias. Sem dúvida que outra realidade europeia se interessa pela situação angolana, noutro enquadramento!... Mas certa “elite portuguesa”, não é surda, nem muda; e, certamente luta pelo progresso social e humano em Angola. Nessa linha podem contar connosco. Aliás, acorrentado às "cartas geográficas" enviadas para Angola, sinto-me como aquele angolano que dizia: "como posso falar com 500 anos de colonialismo"!...

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