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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A Estrada do Soyo em 2015?



Os transportes aéreos, ferroviários e rodoviários tem sido uma bandeira do Executivo Angolano. 

Mas, sem dúvida, que o sector rodoviário tem sido aquele que mais impacto tem produzido junto das suas populações. 
Espera-se que até 2015, a auto-estrada entre o Soyo e Luanda esteja concluída, surgindo como a nova coqueluche do Executivo Angolano, em direcção à sua “ilha desprendida”, ou seja, a Cabinda; ainda que vários obstáculos tenham feito esmorecer este entusiasmo do Executivo Angolano. 
Calculada em 500 Km de extensão, esta rodovia torna-se fundamental no acesso à cidade do gás e do petróleo, além dos acessos às zonas turísticas do Norte de Luanda, aos seus terrenos agrícolas e às suas fazendas de café. Deste  modo, a capital do petróleo e do gás de Angola ficará a 4 horas de viagem da sua capital - Luanda. 
A complexidade da obra implica ultrapassar sete rios, com mais de oito pontes de extensão, algumas mais extensas, que já se encontram em construção. 
Nada menos de 5 mil milhões de dólares estão envolvidos neste projecto que visa colmatar as acessibilidades à cidade de Luanda, como constituir um corredor estratégico no desenvolvimento africano no domínio das rodovias. 
O custo por quilómetro situa-se na ordem dos 10 milhões de dólares, relativamente inferior aos seus custos em países europeus. Entre as obras mais importantes destaca-se a ponte sobre o rio Mbridge, junto à cidade do Nzeto, com os seus 450 metros de comprimento, a cargo da empresa portuguesa Conduril, que terá seis faixas de rodagem, três em cada sentido, e ficará concluída provavelmente em 33 meses. 
 Outras empresas como a chinesa Sinohydro , a italiana CMC di Ravenna e a espanhola Carmon Rerestrutura estão envolvidas nestes trabalhos, com alguns milhares de trabalhadores. A imprensa local e nacional pouco destaque tem dado ao impacto promissor desta rodovia. Desconhece-se ainda o sistema de exploração desta rodovia, o valor do seu trafego, as implicações financeiras, ecológicas e sociais. 
Todavia ela insere-se não só no contexto do desenvolvimento interno de Angola, como também nos projectos de índole africana do desenvolvimento de África Austral. 
 Oxalá, que até 2015, o projecto esteja concluído, sem desvios na sua conclusão.

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