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domingo, 23 de setembro de 2012

Angola: A Luta pela Saúde

Calcula-se que Angola tenha pouco mais de 3.000 médicos no sector na Saúde. Se por acaso, consultarmos a Vikipédia (26-05-2011), encontrámos o seguinte: “A saúde em Angola é classificada entre as piores do mundo”. Apesar da criação de novas Faculdades de Medicina, apesar do Centro de Investigação em Saúde em Angola, criado pela Fundação Gulbenkian, no Caxito, a 50 quilómetros de Luanda, a escassez de médicos continua uma constante que carece de ser colmatada. Ainda que Angola tivesse em grande plano de formação a Universidade de Luanda, agora Agostinho Neto. Todavia, a formação de auxiliares médicos é também uma constante que tem de ser desenvolvida. A racionalidade destes técnicos intermédios aponta, mundialmente, para uma racionalidade de 5 para 1. Ora, esta proporção e lacuna intermédia é uma carência que pode ser limitada quando se fala da formação “em linha”. E, neste campo formativo, rápidos passos podem ser desenvolvidos. Com uma população estimada em 19 milhões de habitantes, em que mais de 50% de habitantes tem menos de 21 anos, e uma esperança de vida que ronda os 45 anos, muito há que fazer no domínio da saúde. Além disso, a sua taxa de natalidade quase chega aos 40% demonstra a vitalidade de uma população em que a taxa de fecundidade se situa quase em seis filhos por mulher. O lema de “água potável para todos” tem sido a bandeira do primeiro sinal da prevenção de doenças. No entanto, um vasto campo de intervenção ainda se encontra por colmatar que passa sem dúvida pela urgente formação de técnicos intermédios no campo da saúde. Após 10 anos de independência certamente que o estado da Saúde deveria estar noutro patamar. Oxalá que rapidamente as Faculdades de Medicina forneçam um corpo médico e de enfermagem necessário e suficiente para as carências angolanas. Por outro lado, será extremamente importante que os dados estatísticos demonstrem o estado actual da medicina e da Saúde em Angola, para que não seja "considerada das piores do mundo".

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