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sábado, 22 de setembro de 2012

Angola: Floresta e Turismo

Calcula-se que 280 mil turistas tenham entrado em Angola em 2011, já que os "dados estatísticos oficiais" não demonstraram ,até ao momento, qualquer número de entradas, entre "visitas de negócios" e turismo normal, entre funcionários estrangeiros e trabalhadores normais. Aliás, parece que existe uma falta de abertura ao turismo, em Angola. Primeiro pelo alto preço das estadias e refeições, segundo pela falta de uma política em relação à indústria do turismo.O aumento significativo da capacidade hoteleira não acompamha os índices de desenvolvimento em relação ao turismo.Todavia aponta-se para que Angola atinja nos próximos 10 anos a linda soma de 4,5 milhões de turistas, ambição que fica longe dos actuais 5 milhões de turistas em Lisboa. Ao invés, nada menos de 40 mil turistas angolanos visitaram a África do Sul em 2011, território com cariz de turismo mundial. Moçambique atingiu 2 milhões de turistas em 2011, gerando uma receita de 231 milhões de dólares, e prepara-se para construir uma ponte sobre Maputo para construir um corredor em direcção à cidade turística de Durban, um das três capitais do lazer sul-africano. Longe também de um turismo de massas, Moçambique debate-se ainda com um "turismo caro" e um "turismo pior" que "pé descalço", ou seja, "predador" de origem sul-africana. Angola detém 37 áreas de valor turístico e ecológico, cujas reservas necessitam de um conjunto de técnicos superiores, médios e intermediários, além de uma forte sensibilização das suas populações. Somente 15 engenheiros florestais, formados após a independência; e, com as escolas a formar técnicos superiores e intermédios, actualmente. É claro que este número de engenheiros florestais quase não chegam para os 6 Parques Nacionais de Angola, além das suas 13 Áreas de Protecção Ambiental, se exceptuarmos as tais 37 Áreas de Valor Turístico, no seu conjunto. A emergência de um autêntico turismo angolano, talvez possa singrar pelas zonas do Sul de Angola, já que a sua capital (Luanda) se encontra em preços proibitivos para qualquer turista normal. Além da falta de técnicos necessários para colmatar estas lacunas a nível de formação superior, média e intermediária na questão florestal, existe um trabalho de pedagogia pelo amor das florestas que as comunidades e sobretudo as escolas devem desempenhar e desenvolver. Será através do ensino escolar que a campanha da floresta se pode desenvolver em Angola para que rapidamente os seus parque nacionais e as suas reservas ecológicas ganhem o brilho das suas cores e paisagens. Através da formação de técnicos e através da pedagogia escolar, da construção de manuais escolares adequados à sua geografia, à sensibilização da sua população, à utilização eficaz dos seus recursos, Angola poderá alcançar a valorização das suas florestas e a expansão do seu turismo.

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