Em Moçambique, as pessoas de ambições normais, fogem dos
empréstimos como o “diabo da cruz”, enquanto que em Angola se evocam “os
santos”, ("escrita digital").
Se, em Moçambique os empréstimos atingem a soma de 22,45%,
enquanto que os rendimentos estão na fasquia dos 13%; em Angola, "fazendo fé em
certas informações", atingem os 14%.
Normalmente, em Luanda, um motorista pode auferir
uns 500 dólares, enquanto que um professor diplomado atinge os 2 800 dólares.
Luanda, com um consumo de 88% da energia eléctrica
angolana, não se afasta da contingência sistemática dos “apagões” de Maputo.
O acesso à habitação em Angola ainda permanece numa
miragem, ou, num possível oásis à vista, já que um simples casinha pode ir dos
3 000 aos 12 000 dólares, de aluguer.
A média burguesia que vive nos flat's em Luanda deambula pelos seus arredores, tal como idêntico universo se prolonga nos arrabaldes da Matola, fugindo à cidade de Maputo e congestionando o trânsito nos fins de semana.Todavia, a problemática do acesso à habitação pela dita "baixa burguesia" exibe desajustamentos pouco propícios à sua obtenção.
Aliás, a fraca transparência do preço das habitações nos arredores de Luanda levanta sérios problemas no acesso ao crédito e na afirmação de uma sociedade mais justa.
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