O recente anúncio da Sogrape de iniciar uma possível produção vinícola em Angola, certamente lá para as chamadas “terras do fim do mundo", com grande aptidão agrícola para estas implantações, vem confirmar as potencialidades do território angolano.
A recente entrada de capital chinês em algumas empresas portuguesas deveria criar “músculo” suficiente para que os projectos em Angola e Moçambique adquirissem um desenvolvimento suplementar das próprias empresas e da sua implementação nesses países.
O investimento português entre 2006 e 2010 situa-se na ordem dos 1,4 mil milhões de dólares, contrariamente ao angolano na ordem dos 2 mil milhões de dólares, em que o fluxo imigratório luso não se encontra especificado nos seus vários universos. Sociologicamente seria interessante uma caracterização dos emigrantes em Angola. A nível da educação e do ensino, certamente que as expectativas criadas estão longe da sua realização.
O esforço angolano na criação de escolas tem de criar objectivos de exigência e consciencialização em que os professores ensinem e os alunos aprendam, exorcizando a ideia de simples profissionais pagos, obviamente, pelo Estado.
A cooperação angolana com outros países do mundo asiático faz com que seja possível construir casa a 6.000 dólares, em oposição ao super luxo dos apartamentos de quinhentos mil e dois milhões de dólares.
Apesar do ministro angolano Georges Chikoti afirmar que se “o dinheiro não vier para Portugal vai para outro lado” certamente que o intercâmbio entre portugueses pode facilitar o incremento de emancipação e afirmação das empresas angolanas se os fluxos imigratórios obedecerem a critérios de uma mão de obra mais qualificada que facilmente se pode encontrar em Portugal.
Todavia não é só movimento de capitais que deve estar na ordem do dia, mas também uma abertura para uma emigração de qualidade, sociologicamente referenciada. Aqui, as autoridades angolanas devem manifestar um sinal de mais abertura aos novos tempos da globalização.
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