O pomposo título do Correio da
Manhã: “Estado oferece milhões à China”
situa-se naquele êxito deste diário vespertino, construído à base de 50% de
“crónica negra” e 25% de “crónica cor de rosa”, criado à imagem e semelhança do
“Parisien Libére´”.
Além disso, reverte uma apologia que se aproxima da
tradição católica, avessa aos juros e lucros, e pouco condizente com a
ideologia protestante, para não mencionar o rancor sistemático de uma certa esquerda
ao capital.
E, no mesmo dia em que faço a
leitura sumária de dois matutinos, por mera coincidência, recebo um telefonema
da “concorrência espanhola”, ou, da liberalização dos preços da energia
eléctrica, afirmando categoricamente que “a EDP é chinesa”!...
Os chineses compraram 780 milhões
de acções da EDP, que lhes podem render, em bruto, 132, 6 milhões de euros, se
houver 0,17 cêntimos por acção. E, pelo facto, de serem compradores arrecadam o
bónus como qualquer comprador, e como qualquer comprador devem pagar dividendos
ao Estado.
Todavia, o Correio da Manhã,
omitiu que cada accionista paga uma média de 20% sobre cada acção, e neste
sentido o Estado Português deve arrecadar 26, 52 milhões de euros.
Se, por acaso, o Estado Português anda distraído, será função do Correio
da Manhã alertar para que tal entidade não perca perto de 30 milhões de euros.
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