Por “consentimento tácito”
dizem-nos que somos europeus.
Alguns países utilizaram o
“referendo”, outros não.
“É cidadão da União qualquer
pessoa que tenha a nacionalidade de um Estado-Membro. A cidadania da União é
complementar da cidadania nacional e não a substitui” (TCE, art.º 17).
Apesar de tudo “a cidadania da
União não comporta, até à data, quaisquer
deveres para os cidadãos da União, o que representa uma diferença
substancial relativamente à cidadania dos Estados-Membros.
Quando se fala dos “direitos dos
animais”, fala-se em direitos, mas não em “deveres”. Isto não quer dizer que
com um milhão de aderentes se possa modificar algumas leis na Comunidade
Europeia. Mas a clivagem da “sociedade civil” e a dita “sociedade política” é
mais que evidente.
Antes da crise europeia falava-se
do divórcio da sociedade ( a dita, “sociedade civil”), sob os comandos da
“sociedade política”.
O “vínculo jurídico” do indivíduo com a União carece do
beneplácito de cada Estado.
Grosso modo, é através de uma espiral de instituições que
se construi a Europa, ou, respeitando a “pequenas oligarquias”, para culminar
numa cúpula abrangente que se torna divergente.
Ainda que se apele à
solidariedade, como valor essencial, ela permanece como disparidade, ou, como
último recurso de execução, porque existe o Estado-nação.
Segundo os “experts”, a União
Europeia não reuna capacidade da sua própria defesa, o que parece uma
contradição aos “olhos do Povo”; nem exibe um conceito internacional de
representação.
No entanto, a analogia é
interessante: “os animais têm direito, mas não têm deveres”.
Nega-se ao povo a capacidade de
interpretação dos “tratados”, já que uma certa “elite” decide sobre a sua
implementação e aplicação.
Somente porque os “cidadãos europeus” são “seres
sencientes”, mas desprovidos de razão, devem integrar esta União?
Há quem advogue que “no momento actual, em especial na
União Europeia assume um carácter supra-nacional podendo o seu conceito ser
usado de forma independente ou desvinculado do Estado-nação.”
Uma carta efectiva dos “direitos e
deveres” dos cidadãos europeus, com o devido “cartão europeu”, credenciada
pelos actuais meios informáticos, afigura-se como expressão de uma autêntica
cidadania europeia.
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