Os prognósticos apontam que na
próxima década a zona asiática tenha um crescimento na ordem dos 6% ao ano,
alimentada pela economia chinesa.
A zona da África do Sul, com uma população jovem, apesar
de uma grande percentagem de desempregados de exíguas e baixas classificações,
continuará numa curva ascendente para a classe média na ordem dos 4,5% ao ano,
ainda que certos países como Angola, Moçambique, Gana e Nigéria possam atingir
os 7 a 8% ao ano.
No debate “Prós e Contras” surgiu a ideia se Angola não estaria
a utilizar Portugal como trampolim para entrar na Europa, tese que
imediatamente foi combatida pelo seu ministro da economia.
Ora acontece que o maior grupo particular e empresarial da Europa a
nível do petróleo, denominado “Petroplus”, com refinarias em Anvers (Bélgica),
Cressier (Suiça), Coryton (Inglaterra), Ingolstad (Alemanha), Petit-Couronne
(França), se encontra na procura de um parceiro para fornecimento de “crude” na
ordem de mil milhões de dólares.
A garantia deste fornecimento acarreta o funcionamento do
seu tecido empresarial e industrial, aventando-se a ideia da “simples venda” de
uma unidade de refinação. Por isso, actualmente três refinarias estão paradas,
ainda que as outras duas continuem em laboração.
Sem dúvida que a Sonangol talvez ainda não reuna as razões
necessárias e suficientes para se agigantar a tais negócios.
No entanto, quando se fala numa “lança em África”, não há
dúvida que seria uma “bomba” na Europa.
Portanto, se a ambição do ministro da economia angolana, porventura, ainda
perspectiva lançar-se em “altos voos” do mundo do petróleo, parece que os
ventos correm de feição aos interesses angolanos. Embora, “a parada seja alta”,
sempre surgem diversos caminhos que permitem reunir condições de aproximação ao
seu voo.
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