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domingo, 18 de dezembro de 2011

EURO POLITIQUE 201 - "Não há uma sem três".




Gostava de transformar o “aeroporto de Beja” num “entreposto exportador” das exíguas mercadorias portuguesas.
“Completa-se a idade de Cristo” com o anúncio que um quilo de laranjas custa 3,50 euros na Alemanha, quando os comerciantes franceses me mostravam a cor do belo citrino que podia viajar até às suas regiões, salvo se impedisse a longa fila de comboios ou camiões que deambulavam as fronteiras gaulesas.
Ainda que os alemães gostem dos produtos portugueses quando os procurem entre “vinte espanhóis” encontram “um português”, o que logicamente não compensa que se dispense dinheiro para comprar as suas belas viaturas.
Esta relação expressa por um alemão traduz-se na realidade de "um para dez", quando Portugal está em "um para três" em superfície territorial.
Quando falava com os camionistas de transporte da “bela alface portuguesa” sobre os benefícios de tal “aeroporto”, logo me rogaram que o seu emprego dependia de “um dia e meio” despendido nestas tarefas.
Ainda pensei no “cargueiro brasileiro” que de “militar passaria a civil” para tão ambiciosa tarefa nacional.
Hoje em dia (e mesmo antanho) os grandes centros comerciais europeus abastecem-se por frotas de aviões ou camiões.
Se o exemplo da “bela alface portuguesa” consegue entrar na ribalta das exportações portuguesas, não existirão produtos similares de igual evidência nacional?
Será que as “uvas”, o “azeite” (já consagrados pela sua eficiência) e muitos outros produtos não conseguem voar, com ou sem o “aeroporto de Beja”!...
Um dia percorrendo as terras alentejanas, uma voz amiga gaulesa sussurrava que "por aqui não passou Cristo", tal como a laranja algarvia ficou presa na gaveta de Tavira!...

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