Os recentes acontecimentos da Líbia deixam à deriva fluxos de emigração de insondável repercussão sobre os holofotes da comunicação social.
As vagas de emigração são uma constante da luta por melhores condições daqueles para quem o trabalho é a única tábua de salvação.
Portugal também não foge destas realidades.
Com a mais numerosa classe trabalhadora estrangeira em França debita uma onda de emigrantes na ordem dos 100.000 pessoas, por ano.
O conjunto de emigrantes portugueses no estrangeiro revertem com uma soma de divisas que atinge 5.000 milhões de euros, por ano; ou seja, na antiga moeda do “escudo”, na ordem, de mil milhões de contos.
Existem aqueles que hesitam em comprar uma casa na Flórida, ou, no seu País; como abundam aqueles que peregrinam numa luta constante entre a submissão ao desemprego, ou, o desejo de encontrar qualquer emprego. Por vezes, a aventura e o sonho recai no desespero das duras realidades encontradas.
Normalmente são vagas de emigração, pouco ou nada politizadas, que não reivindicam os seus direitos, ou, não querem saber dos seus deveres. As estatísticas nem sempre são correctas. Os sistemas de “segurança social” são divergentes, e, pouco convergentes na acumulação dos direitos cívicos.
Por isso, a consciencialização da cidadania, quer nacional, quer estrangeira, deveria ser uma constante premente das autoridades portuguesas.
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