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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

EURO POLITIQUE 59. "Ao sabor da crise"


Alguém afirmava que hodiernamente a luta entre países se fazia através da economia.


Bem, recentemente, na III Cimeira Africana, Moummar Kadhafi, dizia:  “deixemos a política e vamos à economia.”

Com um superávit seis vezes superior à sua economia real, a China esconde-se por trás da sua moeda. Desvalorizar ou valorizar a sua moeda segue os impulsos dos seus dirigentes, apesar da inflação que grassa os produtos alimentares.

O ”novo modelo económico” chinês, ao passar de uma “sociedade agrícola” para uma “sociedade urbana” torna-se permeável às “mudanças tecnológicas”, e a um “estilo de vida”, cujas consequências são, de certo modo, imprevisíveis dada a sua arquitectura política.

Um sistema político e socialista, com dois sistemas económicos, caso, por exemplo, de Macau e Hong Kong, até que ponto se mostram conciliáveis na sua dicotomia com um processo de harmonização?

Além disso, a transparência financeira e económica do estatal e privado, das regiões e da nação chinesa, deixam muito a desejar para os peritos financeiros.

Os objectivos de modernização que galopam rápida e avidamente, que sacrifícios e contradições acarretam na ambição da China?

"Um dia na baía de Maputo contemplava o novo edifício dos MNE de Moçambique. Alguém me sussurrava que tinham sido os presos da China que tinham erguido tal obra".

No confronto de ideologias e blocos mundiais, certamente que o modelo chinês não manifesta grande transparência nesta guerra económica.

A globalização sem ética torna-se um caos, ou, obedece à hegemonia dos poderosos.

Sem um conjunto de regras, na economia mundial, entrámos na dança dos “mercados financeiros”, e, ao sabor da crise.

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