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domingo, 5 de setembro de 2010

Algoritmo de Kadafi.37 - O "grito de Kadafi"


Entalada entre a Tunísia e o Egipto, a Líbia procura sair de um certa letargia que um sistema extremamente estatal e ideológico, a arrastou num certo empobrecimento.


A Tunísia, de ar mais arejado e europeu, tenta adaptar-se aos tempos modernos, abrindo-se aos negócios do turismo, surgindo como uma nação mais “soft”, tanto social como culturalmente.

O Egipto vai conseguindo gerir a enorme população ao redor da sua capital.

As exigências de Kadafi à Itália não passam de um grito moribundo do atraso social e cultural de que se tornou a própria vítima.

As teses demasiado ideológicas são extremamente frágeis ao impacto da globalização, e exigem adequações afastadas do lirismo cubano.

A emergência de uma nova consciência dos direitos individuais tende a abrir os próprios Estados a novas mundividências, embora os seus aparelhos ousem resistir às vagas da inovação.

A tensão entre os “direitos individuais” e a função regularizadora do Estado implica novas dialécticas que qualquer dirigente político deve prestar atenção.

Na sua função de “leader” e de “guru” da Líbia, certamente que determinados impactos das mudanças mundiais não escapam à “velha raposa” do deserto.

O refúgio e reclusão na pan-religião, como profeta predestinado, e, os gritos contra o colonialismo, talvez possam ficar como uma voz que brada no deserto!...

A função do Estado planificador esvaziou-se de sentido face às exigências individuais, e à consciencialização da actividade de cidadania.

Todavia é necessário sinais de efectiva mudança para que os vários graus de adaptação se desenvolvam.

Não basta gritar contra o “colonialismo”, como sendo a fonte de todos os males.

Existem percursos e passos desenvolvidos (mal ou bem), e, a desenvolver que permitam o acompanhamento dos seus países vizinhos.

A hegemonias ideológicas esbatem noutras realidades sociais que demonstram a sua fraqueza.

A riqueza de uma sociedade radica na riqueza individual, ou, no conjunto de indivíduos que criam essa mesma sociedade.

As sociedades civis, embora hoje policiadas e dirigidas nos seus passos, começam a espalhar o aroma de fraternidade e da ajuda humanitária.

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